sexta-feira, 23 de novembro de 2012

A FÊNIX

Para minha lápide, uma breve mensagem
Que comemora e festeja, lamenta e corteja
O fim de outro começo, a passagem.
Para minha despedida, um falso adeus
Que abandona e liberta, aprisiona e desperta
O princípio do reencontro com os meus;
Para o meu enterro, um corpo inanimado
Que representa e simboliza, assimila ojeriza
O ritual que cabe ao tratado
Para minha morte, uma vida eterna
È o princípio outra vez, sou eu em vocês
O achado da busca perdida
Para minha ressurreição esta cena
Que aflige e entristece, deprime e aborrece
Episódio que precede a eternidade plena
Porque saudade deve ser a humilde homenagem a existência
E não o egoísta orgulho de sentir falta.
Falta de alguém que um dia você teve
E por algum motivo, não demonstrou no momento certo
O quanto essa pessoa era importante
De repente, percebe-se sem esta pessoa
E tem o sentimento de um vazio imenso
Que é expressado através de palavras
Essas que ficam no mesmo vazio daquela perda.
Tentando preencher o impreenchível.

Roseli Araujo
Feita para minha querida mãe, que faleceu no dia 12/07/1996, vítima de AVC, com apenas 46 anos, deixando muita tristeza e saudades. Para mim, ela é uma fênix.

sábado, 17 de novembro de 2012

Amores vividos



            Pensamentos que vão, de repente vêm uma lembrança de um amor partido, jogado pelo tempo em um vale do esquecimento.
          Assim são os pensamentos guardados na gaveta de uma escrivaninha, deixado em um pedaço de papel escrito, onde gostaria de estar.
          Como seria o futuro que esperamos que acontecesse...                                                                                             Abrindo a gaveta,aparecem vários projetos que ficaram para traz, sonhos que não foram realizado, e ali, um bilhete com um telefone, dizendo uma pequena frase: “para sempre vou te amar...”
Tento me lembrar de como era relação se perdeu, eu amei, ou só a outra parte amou...
            Mas vejo que é uma passagem de sentimento, amores que se foram, amores que passaram, que já nem se lembra do nome, mas a certeza de que um dia foi vivido.
         Mas foi forte o tempo que durou cada sentimento, pois não falso, mas sim verdadeiro, no tempo que foi vivido!

Martinha Moraes

Arrumar a vida.


             Abri o guarda-roupa, tirei tudo que não vestia. Por anos, descobri que algumas peças tinham muitas emoções, até de ser várias vezes vestidas e lavadas, passadas e usadas.
           Tivera a qualidade de me fazer uma pessoa feliz, e como passaram momentos felizes ao lado de pessoas que fizeram parte de minha vida.
            Um casaco que passei vários invernos, há um  perfume que não tem como esquecer. Lembrança dos amigos, dos rostos e das risadas sem motivos, ou do simples olhar de cumplicidade.
           Vejo que fica pouca roupa no final de colocar o armário em ordem, ligo para uns amigos e falo que quero vê-los e para marcamos um lugar para nós encontrarmos
            Assim, nos encontramos, mas não da para encontra todos no mesmo dia. Conversamos de coisas do dia-a-dia, quando olhamos para o relógio, o dia esta amanhecendo e descobrimos que os amigos são parte de nós, e que somos seres magníficos por ter, e chamar alguém de amigo.
        Todas as recordações lembram que não podemos viver sem ter uma pessoa para chamar de amigos e, com os anos, vamos ficando bem melhor e a idade nos faz pessoas forte e verdadeira com nossas emoções...
          Sempre e bom arrumar o guarda-roupa de nossas amizades, tirar as mágoas e lembrar que vida passa rápido de mais para ficar olhando no passado sem colocar a vida em ordem!

Martinha Moraes
Marta S. Moraes 1º semestre de Letras




quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A historia de Jackson Nisink


           Jax Nisink vivia com seus pais, até seus 16 anos de idade, em uma fazenda no interior de São Paulo, Brasil. Após completar os estudos, foi para Califórnia, carregando o desejo de se tornar um grande lutador de boxe...
Chegando lá conseguiu integrar-se em uma imensa comunidade, onde havia muitos estudantes, de varias áreas, muitos homens e mulheres para estabelecer laços de amizade.
Jax se sentiu muito confortável naquela área cheia de belas moças, algumas surfistas, outras modelos. Sentia-se num paraíso.
O líder desta comunidade era o grande empresário Robert Liro, cabelos ruivos, olhos verdes e pele clara. Ele tinha 32 anos, enquanto Jax, apenas 16.
Liro conhecia muita gente, e um certo dia apresentou um grande profissional do boxe para Jax, seu nome era Thomas Vercetti Unito.
Por três anos seguidos, Vercetti treinou Jax. Após essa fase preparatória, Jax, com 19 anos de idade, começou a ganhar muitos troféus e muito dinheiro. Todas as mulheres da comunidade queriam sair com ele, pois Jax era um homem muito belo além de possuir muito dinheiro. Era moreno, de olhos azuis e cabelos negros, não era muito alto, mas tinha um corpo muito belo e forte.
Não demorou muito e Jax N. agora era o líder da comunidade, muitos bens o pertenciam. Jax teve muitas namoradas, mas não levava nenhuma a sério. Entre elas, Anne Delao, linda estudante de advocacia. Ela tinha pele clara, olhos grandes e azuis, seus cabelos eram compridos e dourados.
Julieta Lira, uma bela modelo morena, de olhos azuis e cabelos castanhos escuros. Ou... Ingrid Mcgold, uma talentosa Designer, ou Cys uma bela...
Passaram alguns anos e Jax completou 25 anos, ele não só era lutador profissional de boxe, mas também montou sua própria academia.
Aos 26 anos, Jax finalmente se apaixonou de verdade por uma mulher chamada Verônica Sanchez, uma linda psicóloga. Casaram-se e tiveram dois belos filhos. Mas Verônica tinha uma paixão antiga que ainda não conseguira esquecer. Infelizmente o casamento dos dois não deu certo, pois Verônica vivia pulando a cerca.  
Era só uma coincidência ou ironia do destino...?
...

Keron Siva. Curso de Letras.

Vargem Grande Pta, 08 de novembro de 2012.

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

O que é Deus?


        Certo dia fui à missa, como fazia todos os domingos, e resolvi levar minha peça rara, meu filho, não sei se fiz bem ou mal, afinal as crianças nos surpreendem e nos deixa sem ação e sem resposta para várias perguntas. Com a inquietação dele quase não consegui assistir a missa, a todo minuto era interrompida por ele, querendo ir ao banheiro, falando alto, incomodando os outros, etc. Até que chegou uma hora em que ele me perguntou: - Mãe o que a gente veio fazer na igreja?  Ai então a situação piorou, eu só não sai dali na hora porque tinha um compromisso com Deus, e fiquei me perguntando, afinal, estou aqui para conhecer ou aprender a conhecer a Deus?  E eu estava rezando, meditando, distraída com algo espiritual que nem mesmo sei explicar. Lembro-me vagamente de responder baixinho – Vim à igreja para ver Deus.
Continuei a ver a missa, e quando fiquei de joelhos, de olhos fechados, esta linda criança se arrastou por debaixo dos bancos e foi parar em cima do altar, e o padre gritou – De quem é esta criança? Essa foi a gota d’água. Sem graça, fui buscá-lo e fomos embora. Ao fim da missa conturbada, perguntei o que ele foi fazer no altar e me disse, com todas as letras, que queria saber o nome do padre. - Ham? Como assim? Se nem eu sabia o nome, porque ele queria saber?.
No caminho de volta para casa, inconformada, dei lhe vários beliscões por conta da falta de educação daquele pequeno ser. Não consigo imaginar o porquê exatamente naquele  de tanta agitação. E lhe fiz a pergunta final:
 - Filho, o que aconteceu com você? Porque você fez tudo àquilo na igreja? Eu não vou mais lhe trazer, o que os outros vão pensar de mim?
Quando olhei para ele, estava chorando, e me disse: - Eu não quero mais vir com a senhora. – Olha Menino Você vai apanhar!  E ele me respondeu: - É mãe você me falou que foi para a igreja para falar com Deus, e eu só queria saber quem era DEUS.
Será que eu não fui adulta o bastante para ensinar para uma criança o que é Deus? 

Berenice Serafim – Letras 1º ano - Noturno